quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Suspeitos de canibalismo em PE não têm transtornos mentais, diz laudo

JOÃO PEDRO PITOMBO
DE SALVADOR
 
r7noticia
O trio acusado de praticar atos de canibalismo em Garanhuns (PE), no ano passado, não sofre de transtornos mentais.
O laudo da avaliação psicológica feita pelo Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, em Itamaracá (região metropolitana do Recife), foi encaminhado para a Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Olinda. Nesta terça, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE) confirmou ter recebido o documento.
Com o laudo médico, Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, 51, Isabel Cristina da Silveira, 52, e Bruna Cristina Oliveira da Silva, 26, serão considerados imputáveis, ou seja, em condições de responder por seus atos e aptos a cumprir pena em uma penitenciária comum.
Os três são acusados de homicídio quadruplamente qualificado, vilipêndio e ocultação de cadáver. O julgamento ainda não foi marcado.
Jorge está preso no Complexo Prisional do Curado. Isabel e Bruna estão na Colônia Penal Feminina de Abreu e Lima.
Os laudos foram solicitados em dezembro de 2012 pela juíza Maria Segunda Gomes, da Comarca de Olinda.
Mesmo em férias, a magistrada determinou que o processo fosse incluído imediatamente na pauta. Os três serão julgados por em júri popular, que deverá ser marcado para as próximas semanas.
A Folha não localizou os advogados dos acusados para falar sobre o resultado dos laudos.

ENTENDA O CASO

Os caso de canibalismo foi descoberto em abril do ano passado, quando três mulheres foram encontradas mortas, enterradas em quintais de casas de Garanhuns e Olinda.
A investigação policial concluiu que as vítimas foram degoladas e esquartejadas e tiveram a pele retiradas.
Pedaços de carne das vítimas foram guardados na geladeira para ser consumidos pelo trio e também pela filha de Jéssica Camila da Silva Pereira, uma das vítimas.
A criança, que na época do crime tinha um ano de idade, vivia com o trio e foi registrada como sendo filha de Jorge e Isabel. Bruna, que era amante de Jorge, assumiu a identidade da adolescente, usando uma certidão de nascimento da vítima.
Em Garanhuns, segundo a polícia, o trio assassinou, esquartejou e consumiu a carne de mais duas mulheres, após atraí-las com promessas de emprego.
Em abril, os corpos mutilados de Giselle Helena da Silva, 31, e Alexandra da Silva Falcão, 20, foram encontrados enterrados no quintal da casa em que os acusados viviam.
Interrogados, os três confessaram os crimes. Isabel disse ainda que recheou empadinhas com carne humana e vendeu os salgadinhos na rua, por R$ 1.
À polícia eles afirmaram que pertenciam a uma seita, o "cartel", que matavam mulheres para controlar a população e que comiam a carne delas em ritual de purificação.
Fonte: Folha de S Paulo

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